O QUE MAIS IMPRESSIONA É QUE A BANDA TEM 2 IRMÃOS QUE SÃO BATERAS DE MÃO CHEIA E O FOCO DA NOSSA ENTREVISTA É JUSTAMENTE COMO SE DÁ O TRABALHO E O RELACIONAMENTO "PERCUSSIVO" DESSAS DUAS FERAS QUE NO "UGANGA" OCUPAM LUGARES DIFERENTES!
ENQUANTO "MANU JOKER" PILOTA A VOZ ,MARCO HENRIQUE PILOTA OS TAMBORES! OS 2 COM MUITA QUALIDADE E DEDICAÇÃO!
PARA OS MENOS AVISADOS,MANU JOKER,O MAIS EXPERIENTE PILOTOU AS BAQUETAS DO "ANGEL BUTCHER" E MAIS AINDA DO "SARCÓFAGO" NO FIM DOS ANOS 80 GRAVANDO O ÁLBUM CLÁSSICO "ROTTING",DESSA LENDÁRIA BANDA MINEIRA!SÓ ISSO!
TIVE O PRAZER E A HONRA DE ESTAR EM CONTATO COM ESSES CARAS E PUDE VÊ-LOS EM AÇÃO PROFISSIONALMENTE E POSSO AFIRMAR SEGURAMENTE QUE ESSES CARAS MERECEM TODO O RESPEITO E CONSIDERAÇÃO POIS ALÉM DE SÉRIOS E OBSTINADOS,SABEM O QUE ESTÃO FAZENDO E O FAZEM COM MUITO COMPROMETIMENTO ,QUALIDADE E HONESTIDADE! SE DOAM MESMO PELA BANDA!E VOCÊS VERÃO QUE O CONTEÚDO DESSA MOÇADA É BEM VASTO E INTERESSANTE!
SEM MAIS DELONGAS A HORA É ESSA:
1,2,3,4,5, MIL PERGUNTAS PARA MANU
JOKER E MARCO PAULO HENRIQUES - UGANGA!
1- O QUE FOI QUE INSPIROU VOCÊS A
TOCAR BATERIA?
Manu “Joker” Henriques : No meu caso foi o fato de ter sido o que sobrou pra
mim (risos). Eu tinha um projeto de banda com uns amigos, que anos depois viria
a se tornar o Angel Butcher, e minha ideia era ser baixo e vocal. Sempre fui um
grande fã de Gene Simons e os planos eram de me tornar um baixista e vocalista como ele. Porém, como eu
não fui além das primeiras aulas de violão, quando vi a única vaga que tinha
sobrado era a de batera e assim rolou. Arrumei umas almofadas e comecei a
batucar, um ano depois meu pai me deu minha primeira batera, uma Aerosom de
terceira mão.
Marco Henriques: Foi daí que veio minha inspiração. Ficava admirado,
vendo aquele instrumento gigante dentro da nossa casa. Direto via os ensaios do
Angel Butcher, depois do Sarcófago. Via o Manu tocando e achava o máximo!
Aquela galera cabeluda, doidona (risos). Ali começou minha curiosidade pela
bateria. Com o tempo comecei a brincar, batucar em almofadas... E quando ganhei
o “Apettite For Destruction”, do Guns N Roses, aí sim minha cabeça virou e eu
decidi que queria ser “roqueiro” (risos).
Manu: Como você pode perceber, as almofadas tiveram um papel crucial no nosso
aprendizado musical (risos).
2- QUAIS OS BATERAS QUE INSPIRARAM
VOCÊS NO COMEÇO DA CARREIRA?
Manu: No meu caso com certeza Bill Ward do Black Sabbath e
Charlie Benante do Anthrax . Eles continuam sendo minhas maiores referências na
bateria. Colocaria o D.D. Crazy do Sarcófago nessa lista em terceiro lugar.
Marco: Como sou mais novo, minhas influências acabaram sendo
mais “atuais”. Citaria nomes como Travis Barker (Blink 182, Transplants), Iggor
Cavalera (Sepultura), Fernando Schaefer (na época do Pavilhão 9), Joey Jordison
(Slipknot), Boka (Ratos de Porão), Byron MacMackin (Pennywise) e claro, pelo
Manu “Joker”, que foi a primeira pessoa que vi tocando bateria e que acabou me
ensinando muita coisa.
3- SE ISSO ACONTECEU MESMO,QUANDO E
COMO VOCÊS COMEÇARAM A DIVIDIR O KIT DE BATERA?
Manu: Eu acho que foi quando chamamos o Marco para entrar
no Uganga, por volta de 2002. Depois disso como eu estava ainda tocando batera
no Angel Butcher, e outros projetos como Tributo Ao Sarcófago, eventualmente dividíamos
o mesmo kit. Isso ainda rola mas não com muita frequência .
Marco: Exatamente. Desde que comecei a tocar bateria, na
minha primeira banda, Zuêra, o Manu vez ou outra me emprestava alguma coisa.
Mas foi no momento que entrei no Uganga que passamos a focar em ter apenas um
kit de bateria, ao invés de dois como anteriormente.
4- O QUE VOCÊS TEM EM COMUM E NO QUE
DIVERGEM COMO BATERISTAS?
Manu: Acho que ambos temos em comum o fato de batermos
pesado e sermos autodidatas. Já fiz algumas aulas pontuais e o Marco também,
mas no geral aprendemos sozinhos, ou vendo nossas referências ao vivo ou nos
discos/vídeos. Sobre divergências, eu não consigo apontar algo em específico,
mas temos referências e estilos bem diferentes, a meu ver.
Marco: Sim, até porque começamos a tocar em épocas
diferentes, com influências diferentes. E como ele falou, os dois começaram na
bruta, sem aula, sem professor. Então conseguimos criar um estilo próprio de
cada um. Até mesmo no set de montagem da batera dá pra ver que cada um tem um
estilo diferente. Claro que tenho influência do jeito que o Manu toca, porque
foi o primeiro baterista que vi e sempre acompanhei suas bandas (antes de
tocarmos juntos). Mas com o tempo acredito que consegui desenvolver um estilo
próprio.
5- VOCÊS TÊM OU TINHAM UMA ROTINA DE
ESTUDOS OU TREINO?
Manu: Eu estudei por um determinado tempo, em outras épocas
a prática vinha dos shows constantes, mas atualmente confesso que estou bem
distante da bateria e mais focado nos estudos de vocal.
Marco: O máximo que me aproximei de uma aula de bateria foi
um Workshop de meia hora com o Aquiles Priester (risos). E alguns vídeos no
Youtube. Nunca cheguei a fazer aula, ter professor... Comecei a batucar em
panelas, depois consegui um kit velho com um amigo e comecei a tocar. Costumava
matar a aula de natação e ir pra casa de um colega que estava aprendendo a
tocar guitarra e ficávamos atormentando os vizinhos a tarde toda. Meses depois
surgia minha primeira banda.
FAZIAM OU FAZEM ISSO JUNTOS? SE SIM,
QUAL O TIPO DE TREINO OU MÉTODO USADO?
Manu: Raramente. Como na maioria das vezes estávamos
morando em cidades diferentes, não era comum estudarmos juntos, mas sempre
conversamos muito sobre arranjos, em especial nas fases de pré-produção de um
álbum. Ambos temos esse instrumento em mente quando compomos, ao menos na
maioria das vezes.
Marco: Sempre trocamos idéias de arranjos, tem várias
músicas que as idéia de bateria vieram do Manu, ele me passava e eu colocava
minha assinatura. Mesmo ele estando nos vocais, ele ainda toca bateria e assim
é inevitável que a gente troque idéias de arranjos nas composições. Mas treinar
junto, estudar junto... se não em engano, nunca rolou.
1000- QUAL O KIT DE BATERA PREFERIDO
PRA VOCÊS? TEM PREFERÊNCIA POR ALGUMA MARCA,TAMANHO,COR? E PRATOS,QUAL O SET DE
PRATOS QUE USAM E QUAL A MARCA PREFERIDA?
Manu: Pra mim seria uma DW com bumbo de 20’, dois tons e
dois surdos, pedal duplo, ferragens Gibraltar, pratos Paiste Rude (uns quatro) e
algo de percussão.
Marco: Posso ser bem sincero? Não sou um expert em marcas,
séries de baterias, nomes técnicos. Meu negócio é sentar a lenha e me divertir ao
máximo enquanto toco (risos). Atualmente meu kit é composto por um ton, dois
surdos, bumbo, dois pratos de ataque, um china, um condução e um splash. Estou
usando o condução Krest Megabell e estou curtindo demais. É um prato que indico
para bateristas de metal em geral (principalmente Thrash Metal). E ataques
gosto de pratos grandes, 19’’ e 20’’.
6- COMO TRABALHAM OS ARRANJOS DE
BATERA DO UGANGA?
Manu: Como disse, eu penso nas músicas muito na ótica da
bateria e quando tenho alguma idéia inicial para um som, registro em vídeo e
depois conversamos a respeito. Na verdade uso isso mais para mostrar minha
idéia do que para definir o arranjo. Dessa fase de construção do esboço da
música até sua finalização, muita coisa muda e acho isso muito produtivo.
Marco: Nesse processo é inevitável nós dois trocarmos idéia
sobre os arranjos de bateria. E isso é bem produtivo! Ajuda demais ter um outro
baterista na banda que pode dar dicas, sugestões e dividir experiências.
7- CONTE-NOS COMO TEM SIDO O
TRABALHO DO UGANGA AO LONGO DO TEMPO EM TERMOS DE COMPOSIÇÃO E GRAVAÇÃO. MUDOU
MUITO COM O PASSAR DOS ANOS?
Manu: Mudou um pouco, principalmente devido as trocas de integrantes no começo.
Diria que hoje temos papéis mais bem definidos no Uganga no que diz respeito a
organização e maturação das idéias .
Todos colaboram no processo de criação das músicas e só concluímos quando
estamos 100% satisfeitos. Alguns sons, como disse, surgem de esboços com violão
e “batuque nas pernas”, outros saem de jams com a banda toda. Acho que encontramos uma maneira de trabalhar
bem satisfatória e o “Opressor” está ai pra comprovar isso.
Marco: Exatamente. Nosso processo criativo é bem dinâmico e
não tem uma fórmula definida. Os guitarristas sempre estão produzindo riffs e
tudo vai sendo filmado. O Manu sempre está tendo idéias de arranjos, letras, e
a partir daí a coisa vai tomando forma.
Manu: Diria que o Ras também tem um papel bem pontual nisso
tudo, pois ele tem uma visão para os arranjos que, a meu ver, é uma das
assinaturas dessa banda. Somos cinco caras, na verdade agora seis, que fazem
música juntos e essa junção é o que define o som do Uganga.
8- COMO ANALISAM A CENA UNDERGROUND
BRASILEIRA DURANTE A CARREIRA DE VOCÊS?
Manu: Acho que passou por momentos legais, outros nem
tanto... O que sei é que isso nunca ditou nossos rumos ou foi termômetro da
nossa vontade de tocar. É claro que queremos vender bem nosso peixe e com o
tempo é natural você ir aprendendo como fazê-lo, mas a motivação artística
sempre foi o que nos guiou. Particularmente acho que vivemos um bom momento no
underground nacional.
Marco: Concordo. Acho que o underground está num bom
momento. Bandas legais em todos os estilos, grandes festivais acontecendo nos quatro
cantos do país, bandas “independentes” disputando espaço com bandas “major” sem
deixar nada a desejar. Acredito que a coisa está melhorando e está ficando cada
vez mais claro que Underground, Alternativo e/ou Independente não tem nada a
ver com falta de qualidade.
9- QUAL A VISÃO DO "UNDERGROUND
BRASILEIRO" PARA OS ESTRANGEIROS QUE ENCONTRARAM EM SUAS TURNÊS NO
EXTERIOR?
Manu:De muito respeito e admiração, em especial pela geração dos anos 80 e bandas como Vulcano, Sarcófago, Sepultura, Holocausto, Taurus e tantas outras. Acho que lá fora as pessoas estão mais interessadas nessa fase embrionária do metal nacional, ou no que está sendo feito de realmente novo na cena brasileira. Sei que existe um modismo em relação a essa onda retrô do metal, muita gente querendo viver uma época que não é a sua e a meu ver isso faz as coisas menos interessantes . Se naquela época Vulcano ou Sarcófago ficassem tentando emular seus ídolos do passado, não teríamos uma geração tão valorizada como foi a nossa. Infelizmente muitas bandas perdem tempo tentando reviver determinada época, visual, sonoridade. Acho isso um saco e o que me interessa é o momento atual, claro que sempre trazendo nossas referências conosco. Pensava assim nos anos 80 e penso assim hoje. Procuramos manter esse legado vivo no Uganga e ouço muito das pessoas nas tours fora do país, que as bandas brasileiras têm uma pegada única para rock pesado. Concordo 100% com essa afirmação, não somos melhores nem piores, mas temos nossa assinatura.
Marco: Concordo. Há um respeito e admiração muito grande
pelo Brasil, principalmente no meio Metal. Mas acredito que as pessoas poderiam
se ligar mais no que está sendo feito de novo e não se prenderem apenas ao que
foi feito. Não tem como negar que todas essas bandas que o Manu citou têm seu
(grande) valor e nunca deixarão de ser lembradas ou ouvidas. Mas também deveria
ter espaço pro que está vindo, pro que está sendo feito agora.
10- COMO SÃO EM GERAL AS TURNÊS
INTERNACIONAIS DO UGANGA E QUAIS OS PAÍSES DE MAIOR IDENTIFICAÇÃO COM A BANDA?
Manu: Trabalho duro, cara! Sete caras numa van rodando pela
Europa, tocando com outras bandas, conhecendo lugares, fazendo amigos, mas com
foco principal em nos superar a cada noite no palco. Tours envolvem uma logística complexa, mídia,
horários, interesses, etc, mas creio que estamos indo bem. Somos uma banda
underground e é nesse meio que rodamos, mas acho que estamos fazendo bem a
nossa parte. Sobre locais, em ambos os giros só tivemos recepções positivas a nossa
música, mas diria que na Polônia os resultados foram ainda melhores que nos
outros países. O pessoal lá realmente se amarra no nosso som.
Marco: Polônia é foda! Não sei se pelo fato de termos tocado
mais lá, de termos viajado com uma banda polonesa. Mas realmente todos na banda
ficaram fãs da Polônia. Mas no geral a receptividade foi excelente, nas duas
tours. É uma experiência inexplicável. Pra quem começou tocando bateria no
quintal de casa, poder conhecer a Europa tocando bateria com seus amigos é uma
experiência única.
COMO ANALISAM O BRASIL (COMO
PAÍS/POVO) EM MODO GERAL E COMO PERCEBEM O QUE OS GRINGOS PENSAM DO BRASIL?
Manu: Acho o Brasil um país incrível, com um povo criativo e batalhador, mas
com uma classe governante nojenta. Desde a descoberta pelos portugueses,
diga-se de passagem (risos). Creio que a impressão de quem mora em outros
países é parecida, um lugar cheio de oportunidades, mas governado por ladrões
assassinos.
Marco: Cara, o Brasil tem tudo. Só faltam pessoas decentes
pra governar. Morei fora do Brasil por um ano e pude perceber várias opiniões
diferentes sobre nosso povo. Muitas vezes ouvia que os brasileiros “sempre
querem levar vantagem”. O famoso “jeitinho brasileiro”. Mas há também uma
grande admiração pela nossa história e nossa cultura. Tudo depende do meio que
você está. Ao mesmo tempo em que você ouve pessoas perguntando se há macacos
nas ruas aqui, ouvia também pessoas curiosas pelo fato de eu ser um “brasileiro
que gosta de metal e não de samba” e dizendo quem sonham em conhecer nosso
país.
11- NO QUE SE BASEIAM PARA ESCREVER
AS LETRAS NO UGANGA?
Manu: Escrevo sobre o que está a minha volta, o que me
agrada e me ofende. Meu foco são os ensinamentos que a vida nos dá todos os
dias. Também temos algumas letras mais voltadas à questões históricas como “O
Campo”, mas no geral escrevo sobre o que vejo, sinto e concluo. Percepções... (risos)
12-VOCÊS LÊEM COM FREQUÊNCIA? SE
SIM,QUAL LIVRO, REVISTA, BLOG, EDITORIAL QUE RECOMENDAM?
Manu: Cara, eu leio bastante! Livros, em especial sobre
história/guerras/política, biografias, alguma coisas voltada à espiritualidade
(não religião), muita literatura musical, revistas, sites, blogs, etc. Também
gosto de quadrinhos de vários estilos. Sou um leitor ávido!
Marco: Eu já sou mais das revistas. Sempre estou lendo um
livro pelo menos. Mas pode ser que eu demore seis meses para terminá-lo (risos).
Atualmente estou lendo um livro do Dead Kennedys, sobre os primeiros anos da
banda. Antes desse li “O Reino Sangrento do Slayer” que indico para todos os
fãs da banda e de Thrash Metal em geral. Mas normalmente leio mais revistas.
Pequenas Empresas Grandes Negócios, Roadie Crew, Trip, Rolling Stone...
13- CONTE-NOS, SE POSSÍVEL, SOBRE OS
PRÓXIMOS PASSOS DO UGANGA!
Manu: Seguir em frente na tour do “Opressor”, queremos
divulgar esse trabalho ao máximo!Tocar no nordeste e no sul do país, fazer o
primeiro giro pela América Latina, lançar nosso DVD de 20 anos, mais um clipe
do cd novo e seguir compondo. Creio que até o começo de 2016 devemos lançar
algo novo, talvez em EP ou Split, pra mostrar a banda com três guitarras.
14- QUAL A RELAÇÃO DA BANDA COM O
SEU PÚBLICO E COMO VÊEM O COMPORTAMENTO E O PAPEL DO PÚBLICO NA TRAJETÓRIA DA
BANDA?
Manu: De respeito e agradecimento. Procuramos sempre
conversar com as pessoas depois dos shows, responder e-mails, etc. A
sobrevivência das bandas depende do público e, no nosso caso, sempre
valorizamos muito quem vem nos assistir ou compra nosso material.
Marco: Sem o público, o que seriam das bandas? Sempre
fazemos questão de estar em contato com as pessoas que gostam do nosso som.
Cada e mail que chega pra gente de um fã, de uma pessoa que conheceu a banda e
curtiu... Isso com certeza nos fortalece ainda mais e nos dá mais gás pra
continuar ralando e fazendo nosso trabalho da melhor forma.
15- VOCÊS TEM OUTRA ATIVIDADE ALÉM
DO UGANGA?
Manu: Eu sou arquiteto e “homem do campo” (risos). Também faço ao lado de um
amigo um programa na TV Local e na net chamado Underdose . Quem quiser conferir
é só acessar: https://www.youtube.com/channel/UCPASrZYY53JmZ6lm7feA6mA
Marco: Eu sou formado em Publicidade e Propaganda.
Atualmente tenho um Pub na cidade de Araguari (Vitrola – Ambiente Cultural),
tenho uma marca de roupas (Incêndio Shop) e faço alguns trabalhos de design
gráfico como freelancer.
http://www.incendioshop.com.br/
https://www.facebook.com/vitrolaambientecultural
16-VOCÊS TêM ALGUM INTERESSE EM
OUTRO TIPO DE ARTE?JÁ TIVERAM EXPERIÊNCIA EM ALGUM OUTRO TIPO DE ARTE?
Manu: Me interesso muito por artes gráficas, arte urbana ou
de determinadas culturas . Como disse, sou arquiteto e procuro não deixar o
lado artístico em segundo plano na minha profissão. Também gosto de escrever e
creio que no futuro vou focar mais nessa parte.
Marco: Sempre fui muito fã de arte em geral. Música, arte
gráfica, moda, graffiti. E meu envolvimento com arte já vem de alguns anos.
Fazendo fanzines, cartazes de shows independentes, artes de bandas parceiras...
Atualmente cuido de toda a comunicação visual do Vitrola, da Incêndio e também
do Uganga.
17- CONSIDERAÇÕES FINAIS!
Manu: Muito obrigado pelo convite, mano! Um prazer poder
bater um papo com uma das minhas referências e falar de música. Quem quiser
conferir mais sobre o Uganga acesse www.uganga.com.br .
Pax!
Marco: Uma honra poder compartilhar um pouco de nossa
experiência por aqui. Agradecemos muito pelo espaço. Valeu!
Mais Informações:
MANU JOKER
MARCO PAULO HENRIQUES
UGANGA
MARCO EM AÇÃO!
MANU EM AÇÃO!
CHILE 2007
AQUI PELO SARCÓFAGO NOS ANOS 80!
UGANGA-OPRESSOR!
O ÁLBUM COMEÇA COM "GUERRA" !PANCADAS DE SINO E UMA INTRODUÇÃO DE BAIXO E BATERA SEGUIDAS DE UMA BATIDA PORRADA E DAS MAIS ENERGÉTICAS DO MAIS PURO ESTILO "CROSS OVER",INFLUÊNCIA DOS IRMÃOS JÁ ESCRITAS ANTERIORMENTE!
AS ALTERAÇÕES DE BASE SÃO ACOMPANHADAS PELAS SUBDIVISÕES DE CAIXA NA BATIDA DANDO A SENSAÇÃO ORA DE PESO,ORA DE VELOCIDADE,ORA DE TENSÃO!
AS VIRADAS SEMPRE RÁPIDAS PASSAM PELA BATERA TODA,E ALGUMAS VEZES USANDO "FLAMS" E OUTRAS VEZES PASSANDO NO PRATO DE RÍTMO COMO SE FOSSEM TON TONS!
CRASHES SÃO MUITO BEM USADOS PARA A DINÂMICA DA CONDUÇÃO(INFLUÊNCIA DOS BATERAS CITADOS PELO MARCO)!
EM "O CAMPO" TEMOS UMA LEVADA DE SEXTINAS NOS BUMBOS QUE ANTECEDEM UMA REDUÇÃO DE VELOCIDADE BEM NO ESTILO "OLD SCHOOL"!
FALANDO DE TIMBRES,OS TAMBORES E BUMBOS ESTÃO BEM GRAVES MAS DEFINIDOS NA MEDIDA CERTA,SEM AQUELE KICK IRRITANTE QUE PERCEBEMOS EM MUITOS TRABALHOS!
A CAIXA ESTÁ BEM PRESENTE COM UM TIMBRE BEM COMBINADO COM OS TAMBORES,NEM MUITO AGUDO, NEM MUITO GRAVE !PERFEITO PARA O SOM!
EM "OPRESOR" TEMOS O TRABALHO NO CHIMBAU E NO RIDE ACOMPANHANDO AS BASES NA MÚSICA. JÁ EM "MOLEQUE DE PEDRA",A BATERA VOA NA DIREÇÃO DO HARDCORE MAIS CASCUDO E VELOZ,PREPARANDO A MUDANÇA NA MÚSICA ! UMA PARTE CONVENCIONADA ENTRE RIFFS E BATERA ONDE MARCO SE MOSTRA MUITO INTELIGENTE NO ARRANJO MAS NÃO TOTALMENTE FECHADO,PODENDO IMPROVISAR ENTRE CRASHES E CHIMBAU DEIXANDO AO OUVINTE UM AR DE ESPONTANEIDADE! PAUSA PARA A CAIXA ANUNCIAR UMA PANCADARIA NO MAIS PURO THRASH/DEATH BEAT!
DESTAQUE NA PRODUÇÃO PARA AS TRILHAS ENTRE AS FAIXAS QUE SÃO MUITO INTERESSANTES E COMPLEMENTARES A CADA TRACK DO TRABALHO!
"CASA" VEM NUMA PEGADA CARREGADA PREPARANDO PRA ENTRADA DA VOZ ONDE O RÍTMO FICA VELOZ! ESSA MÚSICA TEM UM VIDEO CLIP MUITO FODA!
DITO ISSO,HÁ NELA MUDANÇAS DE ANDAMENTO E DESTA VEZ O TRABALHO VEM NA COMBINAÇÃO RIFFS/BUMBOS! MATADOR!
"MODUS VIVENDI" AS GUITARRAS PASSEIAM POR TIMBRES E TEXTURAS ENQUANTO A BATERA FAZ UMA ESTEIRA DE BUMBOS PARA O SOLO! PESO TOTAL!
"NAS ENTRANHAS DO SOL" É UMA MÚSICA LEVADA EM 3 TEMPOS E MARCO HENRIQUES FAZ BEM A CONDUÇÃO ALTERNANDO CRASHES E RIDES FAZENDO VIRADAS ELETRIZANTES LEMBRANDO O MESTRE BILL WARD,CITADA INFLUÊNCIA DE MANU JOKER!
"AOS PÉS DA GRANDE ÁRVORE" COMEÇA TAMBÉM COM UMA LEVADA DE 3 TEMPOS PORÉM UM POUCO MAIS LENTA E DEPOIS DA BRECADA,PODE ABRIR A RODA PORQUE LÁ VEM PORRADA!NESSA MÚSICA ENTRE AS BASES DO REFRÃO TEM UM TRABALHO INTERESSANTE DE DESLOCAMENTO DE CAIXA TIRANDO DO OUVINTE A MARCAÇÃO DO TEMPO MAS MANTENDO A ESPINHA DORSAL DO RÍTMO !
CHEGANDO AO MEIO DA MÚSICA,VEM A MUDANÇA DE CADÊNCIA PREPARANDO O SOLO E NO FINAL A BATERA FAZ UMA LEVADA DE TAMBORES PREPARANDO O FIM QUE NA VERDADE VOLTA AO INÍCIO DA MÚSICA EM 3 TEMPOS!
"NOITE" É UMA TRILHA ONDE ATABAQUES APARECEM TOCANDO (PROVAVELMENTE EM UM TERREIRO)E ANUNCIAM A MÚSICA QUE ESTÁ POR VIR QUE É O COVER DO VULCANO "WHO ARE THE TRUE".MARCO HENRIQUES FAZ UM ARRANJO SENSACIONAL,BRINCANDO COM AS BASES,MANTENDO AS CARACTERÍSTICAS ORIGINAIS MAS DEIXANDO A MARCA DO UGANGA NOS ARRANJOS,COM SOLOS DE GUITARRAS MATADORES E UM FINAL DE RIFFS E BATERA MUITO PRECISO E CRIATIVO! FIQUEI MUITO IMPRESSIONADO E COMOVIDO COM A VERSÃO DESSA MÚSICA QUE PRA MIM VEM DE UM ÁLBUM TOTALMENTE SUBESTIMADO DO VULCANO! MUITO OBRIGADO UGANGA!
"GUERREIRO" É O ALENTO DEPOIS DA BATALHA E A BANDA SOUBE FAZER COMO POUCOS O CLIMA EXATO USANDO PERCUSSÃO E PAUSAS PARA ENTÃO VOLTAR AOS SINOS DO INÍCIO DO TRABALHO ,FECHANDO ESSE CICLO DANDO A IMPRESSÃO DE FIM,PORÉM A ÚLTIMA MENSAGEM SURPREENDE NUMA BASE ESTILO HIP HOP COM BATERA PROGRAMADA(APARENTEMENTE),ONDE MANU FAZ UM DISCURSO BEM CONVINCENTE DO CERNE DA INSPIRAÇÃO PRAS SUAS LETRAS!
ENFIM,UM EXCELENTE TRABALHO DE UMA BANDA QUE MOSTRA O PORQUÊ ESTÁ CADA VEZ MAIS FINCANDO SUA BANDEIRA NO CENÁRIO UNDERGROUND MUNDIAL!
COMO O PRÓPRIO "MANU JOKER" DIZ:
POIS ESTRADA,CAMARADA,NUNCA É COMPRADA!
PARABÉNS AO BATERA MARCO HENRIQUES,MANU JOKER E TODA A MOÇADA DO "UGANGA" PELO "OPRESSOR" .SE VOCÊ GOSTA DE PESO COM QUALIDADE,TÁ RECOMENDADO!!